domingo, julho 17, 2011

Cômicas agulhadas - Evolução


Às vezes sinto saudades de quando era criança, não tinha responsabilidades e nem esperteza, de todo o fato os anos passaram e eu não sou mais aquela criança que dançava “É o tchan”.
Assumo gostava do “ Segure o tchan, amarre o tchan, segure o tchan tchan tchan”.
Nessa época minha única preocupação era cuidar da minha boneca, que tinha uma cara monstruosa, toda manchada de caneta bic e de hidrocor, deixei ela nesse estágio de mutação porque queria que ela ficasse igual a uma artista, na época ela ficou deformada, mas se ela existisse, estaria muito parecida com Amy Winehouse.
Continuando, não tinha realmente nenhuma responsabilidade e queria ficar mais velha e fiquei.
Veio a pré-adolescência e com ela a chatice de perde o BV. Dei o primeiro beijo, fiquei vaidosa, do nada veio o meu primeiro amor e as chatas equações de matemática, ali começou o meu estresse, estudar e pensar no fulaninho ao mesmo tempo, tarefa difícil.
Passou-se o tempo, Hoje em dia, não me preocupo mais com fulaninho nenhum, fiquei mais fria, simplesmente só me apego e se descubro que é moleque, me desapego. Atualmente em vez de acorda cedo para estudar e depois dormi e fica a toa, eu acordo mais cedo ainda, trabalho, estudo, malho, faço mil coisa e tenho muitas responsabilidades e uso minha casa só para dormi.
Vejo que no futuro minhas responsabilidades serão outras.
E quando eu olho para trás, vejo que evolui e fico triste em saber que outras pessoas não, o que mais tem hoje em dia são mulheres com maquiagem igual a da minha boneca, apaixonadas por moleques e que não sabem resolver uma equação.

Por.: Vanessa Vieira

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